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KARNAL: ‘SENADO FOI COLOCADO NA MARGINALIDADE’

Historiador e professor da Unicamp Leandro Karnal

O historiador e professor da Unicamp Leandro Karnal criticou o acordão entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Senado que permitiu que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) permanecesse à frente da presidência do Senado, apesar de ficar fora da linha de sucessão da Presidência Da República. “

Decisão judicial se cumpre. Decisão judicial não é bufet, não é um cardápio de restaurante onde se diz isso eu quero e isso eu não quero, se não é o caos, a anarquia absoluta”, disse Karnal em entrevista ao jornal da Cultura.

Declaração vem na esteira da decisão da mesa diretora do Senado em não acatar a decisão liminar do ministro do STF Marco Aurélio Mello que determinava o afastamento de Renan do comando da Casa.

O Plenário do STF, porém, permitiu, por seis votos a três, manter Renan no cargo embora afastado da linha sucessória presidencial.

“Ficar se escondendo de oficial, recusar a cumprir uma ordem do Supremo, não é falta de harmonia entre os poderes. Isso é colocar o Senado na marginalidade. Houve um erro em 2007.

Renan foi condenado por uma ação clara de usar dinheiro para sustentar uma filha nascida fora do casamento, de uma empreiteira e de favorecer esta empreiteira.

O Senado não cassou o mandato dele, como deveria ter feito. Por muito menos houve senadores que tivera seu mandato cassado”, afirmou. “É uma vergonha no Brasil. Sinto vergonha de ser brasileiro”, completou.

Karnal

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