Líder maior do PT no Nordeste, o governador Jaques Wagner deixou claro neste sábado que não se agradou das declarações do senador Walter Pinheiro, seu correligionário, sobre as denúncias de Dalva Sele Paiva, presidente do Instituto Brasil, de que sua ONG serviu para desviar dinheiro para formação de caixa 2 para campanhas do partido na Bahia.
Em entrevista à revista Veja, Pinheiro disse que “é mais uma vez vez o PT pregando peça para cima de mim” e admitiu ligação da delatora com candidatos de seu partido.
“Não tenho nada a ver com essa senhora. Ela tem a ligação dela lá com gente do PT, mas eu não tenho nada a ver com isso”. O senador disse ainda que foi “perseguido” pelo PT.
Em conversa com jornalistas após inaugurar o último dos três viadutos do sistema Imbuí-Narandiba, Jaques Wagner até deixou no ar possibilidade de o senador não permanecer no PT após as eleições.
“Eu não gostei, por ser uma declaração infeliz, leviana e genérica. Desconheço que o senador tenha sido perseguido, ninguém perseguiu ele. Quem ele acusou? Ele tem que dar nomes”.
Sobre a permanência de Pinheiro no PT, Wagner não hesitou e disse que “esta é uma questão para ser discutida dentro da cúpula partidária, após o pleito eleitoral. Não é hora de discutir isso”.
Walter Pinheiro já teve sua permanência no PT contestada quando estourou o ‘mensalão’.
Em discurso como deputado federal, ele disse que sentia vergonha de deu partido e ameaçou deixar a legenda.
Á época, ele contou com ajuda do próprio Wagner para conseguir esfriar os ânimos de seus quadros.
Agora, a julgar pelas declarações do governador, parece que ele não terá mesma sorte.
Fonte: Assessoria
