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Colbert Filho acentua a desigualdade social em Feira de Santana/por Carlos Lima

Colbert acentua desigualdade em Feira de Santana

O que está acontecendo no momento atual em Feira de Santana na adoção de medidas para conter e segunda onda da pandemia do coronavírus é um verdadeiro absurdo.

O prefeito reeleito, Colbert Filho, nunca deu devida importância a logística que deveria ser adotada pelo seu governo para evitar o contágio da população e muito menos a realização de testes do Cocvid-19. Testes que ficaram mais difíceis do que “trufas brancas”.

Com essas atitudes agravou as desigualdades sociais, trazendo consequências ainda mais graves para quem já se encontra em situação vulnerável na cidade.

O município está cada vez mais fragilizado na atenção aos efeitos da pandemia e superdimensionado estruturalmente pelo poder público municipal para atender as necessidades dos infectados.

O abandono e precarização da maioria das pessoas são cada vez maiores. Importante também pontuar que a cidade não possui plano de ação para o acompanhamento das pessoas colocadas em quarentena e se quer, chegaram a discutir métodos e fórmulas para o processo de vacinação no que diz respeito às condições e responsabilidades do município em toda a logística.

A administração do prefeito Colbert está perdida no tempo e no espaço. O modelo de desenvolvimento adotado por ele atende apenas os interesses do capital.

As necessidades e resistências populares por melhores condições de vida são alvos pré-eleitorais, agora abandonadas.

A construção de uma nova cidade foi adormecida. Será  despertada daqui a quatro anos, no próximo período eleitoral, para atender suas necessidades de preservação do poder.

Nesse período ouvimos com veemência a construção da cidade que queremos. Ouvimos e depois das eleições esquecemos.

Pergunto: como deve ser a cidade que queremos?

Escravizada por um grupo político que em breve completará 24 anos no poder?

Passamos do momento de refletir sobre essas consequências. Trocamos a liberdade de decisão por cestas básicas, influência de cantor com procedimento duvidoso e dos adeptos de falsos profetas.

Ao voltar o olhar para a história de lutas por melhores condições de vida em Feira de Santana e nas cidades, fica a certeza de que as organizações populares são vitais nos processos de mudanças.

Organizações que no governo de Bolsonaro são terrivelmente ameaçadas e combatidas covardemente.

As lutas devem ser pautadas por problemas pontuais.

O principal em Feira de Santana, é a dissolução de um grupo político que contamina a sociedade, privilegiam poucos e destrói a liberdade de reivindicação dos direitos coletivos.

Nossa agenda e bandeira de luta devem ser em solidariedade aos direitos dos mais pobres. Mesmo porque, essa correlação de forças sempre se deu com extrema desigualdade.

Podemos ser invisíveis para os poderosos que sugam nossas vidas. Mas somos indiscutivelmente a maioria. Basta adquirir consciência de que eles não são nada sem o povo.

Carlos Lima

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