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Situação política de José Ronald e grupo estão sob suspeição/Carlos Lima

José Ronaldo e Denise Mascarenhas

Inegavelmente o maior líder político, do município de Feira de Santana, começa a se diluir.

As investigações referentes ao envolvimento de agentes públicos no escândalo financeiro, identificado pela operação Pityocampa, já comprovado na terra de Lucas, trás os primeiros políticos envolvidos.

A liminar do juiz federal Alex Schramm de Rocha determinando o bloqueio de bens em até R$ 24 milhões do ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM) foi uma bomba de efeito retardado na política feirense.

A ação da justiça federal alcança, além de Ronaldo, Denise Lima Mascarenhas (secretária de Saúde), Antonio Rosa de Assis, José Gil Ramos Lima da Penha e Cleudson Santos Almeida, todos servidores do município. Pelo número de participantes envolvidos, até agora, a PF já os enquadra na condição de formação de quadrilha.

Anteriormente, sem citar nomes, havíamos comentado que uma operação desse porte apresentando um desvio de recursos em mais de 30 cidades baianas  envolvendo quase um bilhão de reais, não seria possível a sua execução sem a participação de agentes públicos.

O que acaba de ser confirmado.

Cobramos a conclusão da segunda etapa das investigações da Operação Pityocampa, que segundo seus operadores, seria direcionada para o envolvimento de servidores e autoridades eletivas.

Ainda em andamento, nas investigações surgem indícios de legisladores municipais que receberam indevidamente, financiamento para suas campanhas eleitorais, provenientes dos recursos desviados através da Secretaria de Saúde para a Coofsaúde.

A falsa cooperativa que comandou, segundo denúncia do MPF, entre 2009 e 2018, desvio de recursos superior a  R$ 285 milhões do Fundo Municipal de Saúde e da Fundação Hospitalar de Feira de Santana.

Desse total, estima-se que tenham sido superfaturados R$ 71,6 milhões.

Esse fato vai gerar alterações no processo eleitoral desse ano, muito pouco poderá ser feito para neutralizar o estrago político proporcionado ao ex-prefeito José Ronaldo e seu grupo.

Não basta dizer que o povo de Feira conhece o ex-prefeito, os indícios são irrefutáveis.

Mesmo assim, a justiça ainda apresenta falhas na conduta condenatória. Os exemplos estão nas ações da Lava Jato, que atuou de forma política partidária.

Não se deve esperar muita coisa, no mínimo que a justiça seja feita e a maior parte dos recursos desviados, volte aos cofres públicos.

Carlos Lima

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