Tempo - Tutiempo.net

Ao ser reconvocado a depor, Mauro Cid terá que explicar caso que pode agravar situação de Bolsonaro

Mauro Cid convocado pela PF para mais um depoimento

Polícia Federal quer explicações sobre montante enviado pelo tenente-coronel a outro militar para “levar pessoas a Brasília”.

Uma das linhas da investigação é de que o dinheiro teria saído de uma conta de suprimentos da própria Presidência da República.

Em meio às investigações trazidas a público após a deflagração da Operação Tempus Veritatis na semana passada, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, foi convocado novamente a depor após informações terem sido ocultadas em seu acordo de delação premiada.

Até o momento, só se tinha conhecimento da convocação do ex-ajudante – que pode perder o acordo de delação se não colaborar com a Polícia Federal, mas não se sabia quais informações não ficaram claras para PF.

Um dos casos, de acordo com o jornal O Globo, é do montante de R$ 100 mil que Cid prometeu enviar para o major Rafael Martins de Oliveira levar pessoas a Brasília em apoio a manifestações.

Na troca de mensagens exposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na decisão que autorizou a operação, Cid diz que vai providenciar dinheiro para o envio das pessoas e pergunta se R$ 100 mil seriam suficientes.

Martins então envia ao ex-ajudante um intitulado “Copa 2022” com uma estimativa que ele diz ser das “necessidades essenciais”.

O episódio é considerado relevante por mostrar que Cid, assessor mais próximo de Bolsonaro no Palácio do Planalto, ajudava a organizar e financiar manifestações que desdobraram em protestos e aglomerações nos quartéis até chegar à invasão das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

Ao mesmo tempo, uma das hipóteses com as quais os investigadores trabalham é a de que a origem do dinheiro seria uma conta de suprimentos da própria Presidência da República, o que é seriamente grave.

Segundo o jornal, Mauro Cid não falou nada sobre essa situação nos diversos depoimentos que deu desde setembro.

Sputnik

Agora ficou na situação em que, se correr o bicho pega,  se ficar o bicho come.

cljornal

OUTRAS NOTÍCIAS