O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, confirmou nesta 6ª feira (8.jun.2018) que o governo está rediscutindo o tabelamento dos fretes rodoviários, uma das medidas anunciadas para conter a greve dos caminhoneiros. Segundo ele, essa pode não ser a melhor solução para o problema.
“Foi uma solução apresentada em 1 momento de crise. Agora, se está chegando a conclusão de que talvez essa não seja a melhor solução para caminhoneiros, transportadores e sociedade como 1 todo. Então, é importante nesse momento discutir, como o governo tem feito com o setor”, disse em entrevista à Rádio Bandeirantes.
O governo havia publicado nesta 5ª feira (7.jun) uma nova tabela de preços mínimos de frete. Horas depois, recuou e decidiu revogá-la.
EFEITO MOMENTÂNEO
O ministro voltou a dizer que o governo não estuda a criação de nenhum subsídio para a gasolina. Segundo ele, “não há nenhum motivo” para alguns postos continuarem a vender gasolina acima do preço.
“A greve já acabou e a situação já se normalizou. Não há nenhum motivo para que você tenha gasolina acima do preço. Então, o consumidor tem que deixar de ir no posto que está vendendo gasolina acima do preço. É 1 mercado competitivo”, disse.
Guardia afirmou que a greve não deve continuar a pressionar os preços ao longo do ano. Ele destacou que a inflação, divulgada nesta 6ª pelo IBGE, continua abaixo do piso da meta, de 3%, no acumulado de 12 meses.
“A greve tem sim impacto nos preços, mas ele é momentâneo. A inflação é 1 problema quando você tem 1 aumento permanente do nível dos preços”,afirmou.
