A proposta de independência do Banco Central que consta do programa de governo da candidata do PSB, Marina Silva, “é um encomenda de setor”, afirmou o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo neste domingo 28. “Aquilo foi banqueiro que escreveu”.
“É uma encomenda de setor. Foi muito estranha à maneira como a candidatura de Marina introduziu isso”, declarou.
O coordenador da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff em São Paulo acredita, no entanto, que o trecho do programa não tem a mão de Neca Setubal, herdeira do Itaú e coordenadora do programa da candidata.
“Acho que nem foi a Neca. Ela nem é tão entendida do assunto assim”, opinou.
Marinho atribui o mau desempenho do PT em São Paulo, vivenciado tanto pela presidente Dilma como pelo candidato ao governo paulista Alexandre Padilha, entre outros fatores, ao “enraizamento” do PSDB na região e à prisão dos condenados na Ação Penal 470. O fato, em sua avaliação, “impactou muito” a imagem do partido.
“São Paulo tem uma situação onde o PSDB é mais enraizado. O próprio desempenho na capital, e é natural que assim seja, onde só agora o (Fernando) Haddad começa a mostrar resultados”, disse ele.
“Além disso, tem a prisão dos companheiros, um conjunto de debates na sociedade que foi muito negativo em São Paulo. (…) Impactou muito na nossa imagem”, acrescentou.
Marinho acredita, porém, em uma virada do PT. “O Padilha pode muito bem surpreender e dobrar sua votação. Em outros momentos aconteceu isso. Ninguém dizia que o Jaques Wagner ganharia a eleição na Bahia. Existe até um nome para isso criado por uma alemã. Espero que esteja acontecendo isso agora. Porque é inexplicável a nossa intenção de voto e acredito que o Padilha chegue ao menos em 20%”.
Fonte: Wilson Mag
