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Militares se afastam do golpe sonhado por Bolsonaro

Militares se afastam do golpe

Pressionada por Jair Bolsonaro (PL) a se juntar a seus arroubos autoritários e golpistas, as Forças Armas respeitarão o resultado das eleições.

É o que garante o Alto-Comando do Exército, segundo o Estado de S. Paulo. No Quartel-General, os militares de mais alta patente pactuaram o respeito às urnas eletrônicas.

“Os 16 oficiais-generais do grupo mais influente das Forças Armadas indicaram que a caserna vai seguir o rito de reconhecer o anúncio do vencedor pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

‘Quem ganhar leva’, enfatizaram os militares.

A frase começou a ser disseminada na tropa logo depois do encontro, realizado ao longo da primeira semana de agosto”, relata a reportagem.

Após a decisão dos generais, os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica reduziram sua exposição política e se distanciaram da auditoria das eleições.

O parecer sobre a auditoria que será feita por militares “deve se restringir a reportar o trabalho de fiscalização nas suas duas últimas fases: os testes de integridade das urnas e a checagem amostral do somatório por meio de boletins de votação”.

O Alto Comando do Exército entende que eventuais contestações ao resultado do pleito devem ficar restritas a Bolsonaro e militares da reserva que ocupam cargos no governo.

Se Bolsonaro quiser contestar os números, terá de fazê-lo por meios legais e jurídicos de sua campanha, dizem os generais.

“Mesmo na caserna, a impressão é que a contestação de Bolsonaro se esgotaria e seria infrutífera, conforme um general, por causa do respaldo que o TSE tende a receber de órgãos externos”.

Reuters/JAP

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