O PSDB não gosta de se olhar no espelho. É permanentemente assombrado pelo próprio reflexo. Teme o currículo de governo que possui.
As eleições que se avizinham transcendem as disputas meramente partidárias. Elas evidenciam um embate decisivo sobre que projeto nós queremos para o Brasil: o do desenvolvimento com inclusão social ou o da ditadura do capital, gerador de exclusão e pobreza.
O encontro com as urnas em 2014 dará ao eleitor brasileiro o poder de seguir mudando para avançar ou um bilhete de retorno a um passado sombrio, no qual crises, apagões, inflação, desemprego e miséria era a regra.
Para que isso fique claro, é muito importante que comparemos esses modelos, que ponhamos em paralelo o Brasil de antes e o Brasil de hoje, por mais que alguns partidos de oposição – como o PSDB, do pré-candidato à presidência Aécio Neves, e o DEM, que o apoia – tenham pavor de serem confrontados com esses números.
Podemos começar, por exemplo, pela área social, com a qual os tucanos nunca mostraram qualquer intimidade.
Em 2002, último ano do governo do PSDB, o investimento social feito pela gestão FHC era de R$ 1.915,00 por brasileiro. Nos governos do PT, nós dobramos esse valor.
No período deles, o dinheiro público era gasto para financiar bancos, para pagar juros da dívida externa ao FMI, para empréstimos a empresas que compraram – com dinheiro dos brasileiros – o nosso patrimônio colocado à privatização.
Com Lula e Dilma, o dinheiro público passou a ser dirigido para quem realmente precisava dele: à população, especialmente à mais pobre, numa política de Estado que conciliou desenvolvimento econômico com inclusão social; que criou o Bolsa Família, o Brasil sem Miséria, o ProUni, o FIES, o Pronatec, o Minha Casa Minha Vida, o Luz para Todos, o Ciência sem Fronteiras, o Mais Médicos, que criou, enfim, uma perspectiva de vida para o povo brasileiro.
Essa é a razão pela qual em oito anos do governo do PSDB a desigualdade no Brasil foi reduzida em apenas 2%, ao passo que, nos governos do PT, nós multiplicamos esse índice por cinco.
Pagamos a dívida externa, criamos mais de 20 milhões de empregos, tiramos 36 milhões de brasileiros da extrema pobreza e elevamos 42 milhões de cidadãos à classe média, segmento que hoje representa mais da metade da nossa população.
A renda dos mais pobres dobrou e a renda per capita média das famílias aumentou em 78%.
Recebemos do PSDB um Brasil em que o salário mínimo era de R$ 200,00. Hoje, 12 anos depois, ele está em R$ 724,00. A oposição, agora, diz que faz e acontece.
Mas, quando foi governo, sabem em quanto o PSDB aumentou o salário mínimo para os trabalhadores? Em somente 29,8%.
Com Lula e Dilma, o salário mínimo cresceu como nunca, chegando a um aumento real de 72%, injetando mais de R$ 30 bilhões na nossa economia para fazê-la crescer e chegar à sétima posição mundial.
Nos governos do partido do senador Aécio, o salário mínimo não passava de 100 dólares. Hoje, graças aos governos do PT, ele é superior a 300 dólares.
Recentemente, tivemos um amplo debate no Congresso Nacional em relação ao reajuste da tabela do imposto de renda.
Vale dizer que foi o presidente Lula quem instituiu a obrigatoriedade dos reajustes anuais para que os trabalhadores não sofressem o efeito negativo da inflação sobre o imposto pago.
Hoje críticos do reajuste proposto pelo governo da presidenta Dilma, sabem o que fizeram PSDB e DEM nos oito anos em que governaram o Brasil?
Fizeram o seguinte: impuseram seis anos de reajuste zero à tabela, gerando uma perda superior a 30% para os trabalhadores frente à inflação. Ou seja, a “bondade” da oposição foi obrigar as pessoas físicas neste país a pagarem mais impostos.
De Lula a Dilma, essa injustiça foi sendo reparada e, atualmente, os trabalhadores do Brasil têm um ganho líquido da ordem de 9%, considerando os reajustes dados desde 2003, início das gestões do PT.
Outro ganho sensível para o nosso povo foi o controle firme da inflação, que, nos nossos governos, está na média de 5,8%, enquanto nos do PSDB foi superior a 9%.
E justamente eles – que fizeram o Brasil experimentar até 22% de inflação e 45% de taxa de juros ao ano – querem agora envenenar o debate econômico sobre os preços administrados.
Trago, então, dados do Banco Central para a reflexão de todos os brasileiros sobre o legado da oposição para o nosso país especificamente nessa área.
Nos governos do PSDB, as tarifas dos ônibus urbanos subiram 203% em apenas oito anos. O preço da gasolina explodiu em 223%.
No mesmo período, a tarifa da energia elétrica aumentou 254% e – lembremos todos – não impediu o Brasil de ser submetido a um vergonhoso apagão entre os anos de 2001 e 2002, gerando um prejuízo de R$ 45 bilhões ao país, segundo o Tribunal de Contas da União.
E sabem pra quem foi à fatura dessa incompetência do PSDB e do DEM no setor energético? Para o consumidor, que foi obrigado a pagar duas novas tarifas em sua conta de luz.
Fonte: Humberto Costa