A assessoria do Palácio Planalto informou, por meio de nota oficial, que o presidente Michel Temer viajará a São Paulo nesta quarta-feira (13) para fazer uma “revisão urológica” no Hospital Sírio-Libanês.
De acordo com o blog da jornalista Andréia Sadi, a agenda do presidente no restante da quarta-feira em Brasília foi cancelada por conta da ida a São Paulo. A previsão é que ele participe da posse do novo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (PMDB-MS), na quinta (14).
Em outubro, o presidente da República passou por uma cirurgia na próstata no Sírio-Libanês. Na ocasião, ele foi internado no hospital com quadro de retenção urinária por hiperplasia benigna da próstata.
De acordo com apuração do repórter José Roberto Burnier, da TV Globo, Temer está com dificuldade para urinar por conta de novo estreitamento da uretra. A causa pode ser um machucado provocado pela manipulação da redução da próstata.
Ainda segundo Burnier, o presidente passará por um procedimento cirúrgico e voltará a Brasília ainda na noite desta quarta. Ele será atendido pelos médicos Roberto Kalil e Miguel Srougi.
Temer já havia realizado exames urológicos na última segunda (11), no posto de saúde do Palácio do Planalto, conforme informou a colunista Andréia Sadi.
Além da cirurgia na próstata, Temer passou, em novembro, por uma angioplastia de três artérias coronárias. O procedimento também foi realizado no Sírio-Libanês.
A Secretaria de Comunicação da Presidência não informou quais compromissos da agenda de Temer serão cancelados nesta quarta por conta da viagem inesperada à capital paulista.
Agenda do presidente
Michel Temer chegou ao Planalto, nesta quarta, por volta das 9h50. Pela manhã, ele terá um encontro com prefeitos que faz parte da mobilização do governo em busca de votos para aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados ainda em 2017.
Na terça (12), o presidente teve uma agenda extensa, na qual defendeu as mudanças previdenciárias em eventos com representantes do agronegócio e do setor industrial. Ao longo do dia, Temer admitiu a possibilidade de marcar a votação da reforma apenas em fevereiro, depois do retorno dos deputados do recesso parlamentar.
O governo defende publicamente a votação da reforma na próxima semana, porém, reconhece a dificuldade de angariar os 308 votos necessários na Câmara para aprovar o texto. Caso não consiga o total de votos, o Planalto vai tentar votar a medida em 2018.