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Estados Unidos vai controlar a tríplice fronteira a partir de Buenos Aires

Base americana na Argentina

O Comando Sul dos Estados Unidos conseguiu um escritório para gerir o processo do neocolonialismo no hemisfério inferior do continente (Sul).

O número 250 da avenida Azopado, mais precisamente no edifício Libertador, é a nova central.

Uma pesquisa identifica que o governo Maurício Macri terceirizou parte do Ministério da Defesa exatamente para um país estrangeiro.

O modelo de subserviência argentina se supera ao permitir que os EUA utilizem a estrutura estratégica da nação e que tenham informações privilegiadas a partir desta instalação.

O acordo segue à margem de qualquer debate no congresso portenho, já que o executivo recorre ao eufemismo de nominalizar como sendo apenas ‘tarefas de inteligência’.

Desta forma, este acerto na prática permite que os representante do Comando Sul, através dos operativos militares e estratégia controlar a tríplice fronteira entre Argentina , Brasil e Paraguai.

O discurso é o recorrente utilizado na Líbia e Iraque:”impedir a entrada de armas de destruição em massa e combater o terrorismo”. A despeito destas razões aparentes , se aclaram serem ferramentas estadunidenses para se apoderar de recursos naturais destes países e se empoderar na geopolítica regional.

O paradigma estadunidense é de absorver questões como direitos humanos, terrorismo e tráfico de drogas para de alguma forma construir uma rede de satélites ao redor do mundo.

A questão da Síria mostra que o terrorismo em muito é reflexo de apostas e apoios dos americanos do norte.

A conclusão plausível é que Israel , EUA e OTAN tentam abrir uma nova rota para o petróleo seguir diretamente para Europa, fugindo do Golfo Pérsico.Dentro deste propósito, financiam alguns grupos terroristas.

O objetivo de garantir seus interesses, fez os Estados Unidos implantarem bases militares, e a América Latina não foge desta realidade.

A seara principal abrange o tráfico de drogas e proteção da biodiversidade, embora que na prática seja apenas um estratagema econômico coordenado pela política externa.

A distribuição destas unidades estão ordenadas da seguinte forma : 12 no Panamá, 9 na Colômbia, 8 no Peru, 3 no México , o mesmo em Honduras e por fim 2 no Paraguai.

No mesmo plano que oferecem uma eminente sensação de segurança, passam a ter poder de pressão sobre a receita destas nações. Assim geram dependência,moldam sua política interna, controlam suas forças militares, para enfim atrelar a economia numa relação de troca compensatória aos americanos do norte.

Em que pese esta explanação, a questão da tríplice fronteira ainda é mais relevante.

Aprofunda o poder estadunidense nas duas principais economias do hemisfério sul.

A gestão a partir de Buenos Aires é uma afronta a soberania dos portenhos que já tem seu mar invadido pelos ingleses. Este ato oficializa sua subserviência e leva o Brasil para o mesmo caminho, sentido que em muito foi permitido por administrações apátridas .

Os tratados de segurança escondem o paradigma do neocolonialismo. A segurança é para o império, a política é pelo império e a economia de dependência ao capital e conglomerados do império. Estabelecido este modelo, não se faz necessário ocupar diretamente, ao mesmo tempo que o controle sobre a mídia e o judiciário acrescentam uma estrutura de dominação.

A busca de armas de destruição na tríplice fronteira na verdade vai encontrar o lítio, o aquífero gurani e uma diversidade enorme de recursos naturais. A conquista destas ‘comodities’ serve para realimentar o processo de acumulação de capital estadunidense frente a concorrência da China e Rússia .

Júlio Ribeiro

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