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“A gente cantou a pedra”, diz Gleisi, após apagão generalizado no País

 A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), foi às redes sociais nesta terça-feira (15) denunciar a privatização da Eletrobrás pelo governo de Jair Bolsonaro. Segundo ela, o apagão desta terça que atingiu o País é resultado não só da desestatização da companhia, como também do período de desinvestimento promovido antes da venda da elétrica para aumentar os lucros.

Gleisi lembrou que o PT “cantou a pedra”, alertando que a privatização da Eletrobrás resultaria nisso.

Ela complementou, defendendo a reestatização da empresa: “Energia é questão de segurança. Por isso, muitos países estão ré estatizando suas empresas”.

“Faz tempo que não se falava em apagão e ele acontece justamente agora, depois de um período de desinvestimento que precedeu a privatização da Eletrobrás e foco nos ganhos financeiros, inclusive com a demissão em massa de empregados capacitados e preparados para atender a empresa.

A gente cantou a pedra, privatização resultaria nisso. Energia é questão de segurança. Por isso, muitos países estão ré estatizando suas empresas”, escreveu a parlamentar em uma postagem no X (antigo Twitter).

ENTENDA

Depois de uma queda na geração de energia em todas as regiões do país, na manhã desta terça-feira, regiões Norte e Nordeste continuam com partes sem energia elétrica.

O Ministério de Minas e Energia informou que a situação já está normalizada no Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

O ONS, Operador Nacional do Sistema Elétrico, explicou que as causas da ocorrência ainda estão sendo apuradas, mas que ela foi provocada pela “abertura das interligações entre” as regiões Norte e Nordeste e as regiões Sul e Sudeste.

O episódio fez com que no Norte e Nordeste 16 mil megawatts deixaram de ser gerados no Sistema Interligado Nacional, pela manhã.

Essa energia deixou de ser gerada porque um incidente ativou o chamado “Esquema Regional de Alívio de Carga” do Operador Nacional.

Isso acontece de forma automática e serve para “proteger o sistema elétrico de danos maiores”.

A queda na geração acabou suspendendo o funcionamento em algumas linhas de metrô, em São Paulo.

Na Bahia, o serviço ficou suspenso, na capital, Salvador, e região metropolitana, onde os usuários tiveram que deixar os trens e as estações.

O Ministério de Minas e Energia informou que vai criar uma “sala de situação” para acompanhar o caso e que apura as causas do incidente.

O titular da pasta, ministro Alexandre Silveira, antecipou o retorno ao Brasil, enquanto cumpria agenda com o presidente Lula, no Paraguai.

As empresas que operam energia nos estados chegaram a emitir comunicados sobre o ocorrido.

A Equatorial, que atua em Alagoas, Amapá, Maranhão, Goiás, Pará, Piauí e Rio Grande do Sul, informou que a interrupção no fornecimento de energia foi provocada por “uma ocorrência de abrangência nacional”.

A Neoenergia, que atua em Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, parte da Paraíba, de São Paulo e do Mato Grosso do Sul, também atribuiu à queda a uma “ocorrência de grande porte no Sistema Interligado Nacional”. O mesmo foi dito pela Light, que opera parte do Rio de Janeiro.

Brasil

Esta é uma situação que demonstra, inquestionavelmente, que a Eletrobrás jamais deveria ter sido privatizada.

O país deliberadamente repassou sua estabilidade energética ao controle de empresas nacionais e internacionais em um processo criminoso de privatização, é sem dúvida uma ação lesa-pátria concretizada pelo governo genocida do ex-presidente Bolsonaro.

E agora presidente Lula, o deverá ser feito?

cljornal

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