Após três dias de greve, os policiais militares de Pernambuco decidiram encerrar a paralisação nesta quinta-feira (15) à noite, depois de reunião com o governo. Nas últimas 48 horas, a população pernambucana viveu um verdadeiro clima de guerra, com tanques do Exército circulando nas ruas da Região Metropolitana do Recife e ocorrência de saques em lojas do Centro.
A categoria conquistou quatro pontos considerados emergenciais. São eles: incorporação do auxílio morte ao salário base da categoria, beneficiando ativos e inativos; plano de cargos e carreiras a partir da próxima segunda-feira (19), com a criação de uma comissão que irá avaliar junto aos deputados a promoções na categoria; reestruturação do Hospital da Polícia Militar e criação de unidades de saúde para a categoria no interior do Estado; além da promessa do Governo Estadual de que o aumento salarial voltará a ser debatido na primeira semana de janeiro de 2014, após os impedimentos causados pela lei de responsabilidade fiscal e lei eleitoral.
Após assembleia realizada na Praça da República, em frente ao palácio do governo, os policiais e bombeiros militares decidiram pelo fim da greve. “Paramos porque entendemos que a sociedade pernambucana não pode continuar sofrendo”, disse Joel Maurino, representante dos policiais.
Mesmo com as atividades da Polícia Militar normalizadas em Pernambuco nesta sexta-feira (16), o Exército e a Força Nacional de Segurança Pública continuam colaborando com a segurança na região. O plantão da Central de Flagrantes da Polícia Civil registrou, durante a madrugada desta sexta-feira (16), após o final da greve da PM, 12 flagrantes e oito pessoas detidas na capital
Fonte: 247/ Harlene Teixeira/ Foto:247