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Janot que anular ação de impeachment de Temer. O “efeito Maranhão” deu medo de Cunha?

O que vem

Será que o “efeito Maranhão” atingiu o Procurador Geral da República. Dr. Rodrigo Janot?

De repente, depois da confusão armada ontem pelo fato de Waldir Maranhão ter despachado o recurso que Eduardo Cunha deixara mofando nas gavetas, surgiu a mesma preocupação com o pedido de impeachment de Michel Temer, que o ministro Marco Aurelio Mello havia mandado Cunha processar e este, nem aí, deixou juntar moscas em cima?

Porque hoje, do nada, Janot aparece com uma manifestação ao Supremo pedindo a cassação da ordem dada por Mello?

Dizer que o magistrado, com sua experiência, julgou ultra-petita, convenhamos é até desrespeitoso com alguém com 38 anos de magistratura, sendo 26 no Supremo…

O pedido que o impeachment de Dilma parasse, feito pelo advogado Marley Marra – de direitismo insuspeito –  para que o requerido em relação a Temer andasse sequer foi atendido por Marco Aurélio, que disse: que aquele não pare, mas que este também ande, para que não houvesse mais um caso em que Cunha desse tratamento desigual a questões aparentemente – não foi examinado o mérito – iguais.

Cuidado, Dr. Janot, alguém pode pensar que o senhor aderiu à seletividade que vem marcando estes tempos: para uns vale, para outros não.

Ninguém, é óbvio, está em condições de fazer andar um processo de impeachment contra Temer, exceto aquele que o senhor mesmo mandou afastar da Presidência da Câmara.

Porque pode aparecer alguém que tenha interpretado a “maranhada” de ontem como uma entrada mais dura, combinada como o “técnico” Cunha, só para avisar ao futuro presidente-usurpador que, se não jogar de mansinho, a próxima é para quebrar a perna?

As árvores de Brasília parece que estão carregadinhas de jabutis…

Fernando Brito

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