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Messias causa inveja a Mefistófeles/por Carlos Lima

Mefistófelis

Na quinta-feira (7) o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro envolveu diversos empresários em agenda não programada, fazendo visita surpresa ao presidente do STF. Após o encontro os empresários afirmaram que caíram em uma armadilha.

A trama urdida pelo Messias e Paulo Guedes, causaria inveja ao  Mefistófelismo.

O envolvimento dos empresários na saga genocida, do presidente, era para envolver o setor empresarial na pressão que ele pretende exercer no STF para flexibilizar ou acabar com o isolamento social.

Sem delegação, assumiu ser o porta-voz do Instituto Aço Brasil e da Coalizão Indústria, com a intenção de pressionar e responsabilizar o STF pela crise econômica provocada pela pandemia no país.

Tal procedimento Isso nos faz lembrar a entrevista em 1993  do general Ernesto Geisel, quarto presidente da ditadura militar brasileira, quando afirmou ser Jair Bolsonaro um mal militar que pedia um novo golpe.

Na verdade o mal militar era tratado na caserna como “bunda suja”, ou seja, o militar que não alcança os altos postos.

Não existe mais nada que possa desfazer a certeza de que esse Messias é demoníaco.

No seu projeto de consolidação de uma ditadura fascista, decretou guerra ao povo brasileiro e até a data de quinta-feira (7), 9.146 brasileiros já foram assassinados por ele, além de incentivar a contaminação pelo Covid-19  de 135.106 pessoas em todo o país.

Com a situação se agravando em número de infectados e mortes que atingem crianças, jovens, adultos e idosos o presidente afirma que nesse final de semana vai fazer um churrasco para trinta pessoas e ainda pode bater uma peladinha.

É um monstro.

Busco razões para entender como um ser humano ainda consegue defender e apoiar suas posições, não encontro nesse grupo, indícios de racionalidade, censo de dignidade, e humanidade.

Mesmo que se diga que a indústria e a atividade econômica estejam na UTI, o que dizer das 9.106 pessoas que estão no cemitério?

E tantas outras que estão no mesmo caminho, provocado por uma política de extermínio em massa, praticada por quem, por dever constitucional, deveria evitar a morte do seu povo.

“A indústria, a atividade comercial está na UTI. Não há mais espaço para postergar (a reabertura das atividades)”, discursou Bolsonaro.

Paulo Guedes, no mesmo tom, pregou: “A indústria vive momentos difíceis e a economia está começando a colapsar”.

Para o ministro, empresários informaram que poderiam suportar mais dois ou três meses, mas “a verdade é que talvez os sinais vitais não sejam preservados por tanto tempo”.

Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do Instituto Aço Brasil e coordenador da Coalizão Indústria, disse: “Existe a necessidade de colocarmos a roda para rodar”.

Outro integrante do grupo ameaçou que haverá “mortes de CNPJs” se a economia não retomar a atividade. Metáfora de mau gosto.

Bolsonaro assinou a sentença de morte dos trabalhadores da construção civil, ao dizer: “Acabei de assinar decreto aqui colocando nesse rol de atividades essenciais a construção civil”.

Só faltou dizer: se eles morrerem pode ser substituídos tem muita gente desempregada.

É como se ele estivesse em guerra contra o povo pobre, as baixas do seu campo de batalha recebem substitutos, também considerados descartáveis, para o seu propósito final.

Carlos Lima

 

 

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