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Sem mais ilusões. O Judiciário adonou-se da política

a vergonha jurídica nacional

De modo mais incisivo, o desembargador Leandro Paulsen já deixou claro que vai condenar Lula.

E deixou claro que receber ou não receber ou ter prometido o triplex, praticamente, não vêm ao caso.

O “fundamento” é o fato de Lula ter sido presidente e indicado – como todos os presidentes – diretores da Petrobras a partir de indicações políticas, portanto, se o responsável pelos esquemas de corrupção envolvendo partidos e políticos na empresa.

Como diz o professor de Direito Processual  Afrânio Silva Jardim,  o..

” (…) relator está condenando o Lula pela corrupção dos diretores da Petrobrás. Absurdo e total falta de técnica jurídica. Volta a falar na “teoria do domínio final do fato” e em dolo direto, afirmando que o ex-presidente Lula concorreu realmente para os crimes de corrupção na Petrobrás.

Mas este não é o objeto da acusação! Este não é o objeto deste processo!  Estou perplexo com tudo isso !!!

De fato, o objeto do processo é o recebimento ou aceitação do triplex, que, na sua visão, são provados por ele ter sido visitado, por Marisa Letícia não ter desistido antes das suas cotas condominiais, por reformas que só os delatores – descritos não como delatores – dizem que foram solicitadas pelo ex-presidente ou sua mulher.

O relator completa a missão desde o início traçada pelos fanáticos de Curitiba e pela mídia: afastar Lula do cenário político, esbulhar o povo brasileiro do direito de votar livremente.

Não somos todos Sérgio Moro mas, na prática, os juízes o são. Nós é que somos tolos em imaginar que juízes são Justiça. Não, são um poder, o Judiciário, coisas que não se confundem mais.

Seu autoritarismo, seu poder sem freios e seu espúrio corporativismo os tornam, hoje, os donos e governantes do Brasil, com a “vantagem” de, ao contrário dos que formalmente exercem o governo, cassam e prendem quem bem quiserem.

Fernando Brito

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