Um jovem que havia desaparecido há 17 dias na zona sul de São Paulo, depois de um jogo do Brasil, foi encontrado abandonado em Sorocaba, no interior do Estado. Victor Cavalheiro, de 23 anos, foi amarrado e morto a tiros.
A vítima desapareceu no dia 23 de junho, uma segunda-feira, dia do jogo entre Brasil e Camarões. A família tinha feito um churrasco naquele dia. Cavalheiro assistiu ao primeiro tempo com os pais, na casa de parentes, na zona sul de São Paulo.
Depois, ele iria com os amigos para a Vila Madalena, na zona oeste da capital. Mas, segundo relatos de amigos, Cavalheiro e outros três colegas mudaram de ideia no meio do caminho.
Um desses amigos, que não quis se identificar, disse que deixou Victor Cavalheiro na porta da casa do pai por volta da meia-noite. E ficou com o carro que foi emprestado para a vítima porque ele estaria alcoolizado. Ele falou ainda que duas semanas antes do desaparecimento, dois tiros foram disparados no portão da casa onde a vítima morava com o pai. O carro foi devolvido no dia seguinte com o teto solar quebrado.
O que os pais conseguiram saber depois disso, foi que colegas tiraram uma foto do filho com algumas garotas e enviaram, por redes sociais, para a namorada dele, que mora em Curitiba. Houve uma briga entre o casal relatada por mensagens de celular. Ela terminou o relacionamento.
O cadáver foi encontrado amordaçado, com as pernas amarradas, dois tiros na cabeça um nas costas. Na manhã desta quinta-feira (10), a identidade da vítima foi confirmada pelas digitais.
Victor Cavalheiro foi encontrado pela polícia rodoviária na noite do último domingo (6), às margens da rodovia SP-79, na cidade Tapiraí, município vizinho a Sorocaba. Não havia documentos no local. A primeira marca no corpo que chamou a atenção foi uma tatuagem no braço direito, um símbolo japonês que representa família.
Um funcionário do IML (Instituto Médico Legal) de Sorocaba ligou para a família para informar que um jovem com características semelhantes às de Victor Cavalheiro havia sido encontrado. O corpo estava em estado avançado de decomposição.
Victor Cavalheiro gostava de esportes de aventura e chegou a entrar em um curso de piloto de helicóptero. Ele queria prestar concurso e ser policial.
Fonte: Redação/R7
