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Fantasma da Odebrecht aparece para Rodrigo Maia

Rodrigo Maia

O Brasil não tem mais partidos políticos, é coisa que só não percebe quem não quer.

Tem agrupamentos, sociedades em comandita, onde alguns sócios é que têm o poder gerencial e outros apenas partilham a renda gerada.

Por isso, quase nada é sincero e boa parte dos negócios é feito de forma velada e mentirosa. Ou, ao menos, camuflada.

Tudo isso se passa num universo marcado pelas pressões e ameaças policiais-judiciais, que funcionam hoje com o mesmo papel que tinham, nos tempos da ditadura, os órgão de informação. Inclusive, claro, com o poder de prender e matar, agora, com morte política.

Esta máquina, agora, parece ter começado a se mover em direção ao último personagem da política parlamentar que restou à direita, Rodrigo Maia.

A denúncia de que ele e o pai, Cesar, teriam recebido R$ 1,5 milhão da Odebrecht não é nova, mas é reavivada com o pedido de prorrogação das investigações pelo Ministério Público. Da mesma forma, a delação premiada de um dos dirigentes da Odebrecht, João Borba Filho, de que entregou R$ 350 mil pessoalmente a Rodrigo, na  casa do presidente da Câmara é velha de dois anos é notícia velha de dois anos.

Essa ressurreição – sem nenhum juízo de valor sobre sua veracidade – tem toda a pinta de pressão sobre Maia, na hora em que ele é o senhor do tempo e da extensão da reforma da Previdência.

Não há nada de honesto na política brasileira e a desonestidade maior nem sempre está presa a doações de campanha.

Há muito dinheiro em jogo, perto do qual este é  fichinha.

 Fernando Brito

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