Um eleitor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi assassinado na cidade de Cascavel, no Ceará, na noite do último sábado (24). A Polícia Civil confirmou que o crime teve motivação política.
Um homem de 59 anos entrou no estabelecimento comercial e, aos berros, questionou “quem é eleitor do Lula aqui?”. A vítima, de 39 anos, respondeu: “Eu sou”, e foi esfaqueada até a morte.
O nome da vítima é Antônio Carlos Silva de Lima, de 39 anos. O agressor tem 59 anos, mas não teve o nome divulgado pela Polícia.
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia Metropolitana de Cascavel e que está em diligências para prender o bolsonarista.
A Polícia garantiu que as testemunhas estão sendo ouvidas e disse que o agressor já tinha passagens por lesão corporal dolosa. O eleitor de Lula assassinado, por sua vez, não tinha antecedentes criminais.
Antonio Carlos foi sepultado no domingo (25) em Cascavel. Ele era de origem humilde e trabalhava como caseiro de sítios na região. Antonio deixa um filho de 10 anos de idade.
A irmã da vítima afirma que a família inteira está inconsolável. “Tem sido difícil levantar a cabeça ainda mais da forma que aconteceu, por causa dessa besteira de política”.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, usou as redes sociais para lamentar o caso e outros dois ocorridos no fim de semana, como o do deputado federal Paulo Guedes (PT-MG) que denunciou ter sido alvo de um atentado a tiros em Montes Claros.
Para a deputada federal, “o fanatismo e o ódio” são “estimulados por um homem desumano e cruel”.
Na última semana, uma mulher foi agredida com uma madeirada na cabeça após criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL) em um bar no Rio de Janeiro.
Em julho, o policial penal bolsonarista Jorge Guaranho matou um tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu. No início de setembro, um eleitor de Bolsonaro matou um apoiador de Lula após uma discussão política em MT.
A violência está como o descendente do diabo gosta.
