A Polícia Federal (PF) está em fase final para concluir os inquéritos relacionados às fake news e milícias digitais que envolvem os núcleos político e econômico do bolsonarismo.
Os investigadores acreditam que já existem elementos suficientes para indiciar Jair Bolsonaro (PL) por delitos ocorridos ao longo dos últimos quatro anos e a expectativa, segundo a coluna do jornalista Aguirre Talento, do UOL, é que isso aconteça no início do próximo ano.
No entanto, os tipos específicos desses crimes só serão definidos após a conclusão de todas as linhas de investigação relacionadas ao ex-mandatário.
O indiciamento é esperado para o início do próximo ano e, após essa etapa, o caso será encaminhado ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, para análise sobre a possível apresentação de denúncia contra Bolsonaro e seus aliados.
A saída de Augusto Aras do comando da PGR é vista como um ponto-chave, pois Gonet é esperado para dar continuidade às investigações e apresentar denúncias contra Bolsonaro após receber o material produzido pela PF.
O entendimento da PF é que os fatos sob investigação envolvendo Bolsonaro estão interligados e, por isso, devem ser concluídos em conjunto.
Os investigadores ainda finalizam a análise de materiais apreendidos, como telefones celulares, e as apurações envolvendo a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República que revelou a atuação de Bolsonaro em um plano golpista contra o resultado das eleições do ano passado”, ressalta a reportagem.
A PF argumenta que os fatos em investigação estão interligados, razão pela qual devem ser concluídos em conjunto. As investigações abrangem uma variedade de frentes, desde o desvio de joias para venda no exterior até fraudes nos certificados de vacina. “
Os investigadores identificam uma conexão entre o cometimento desses delitos e a organização criminosa montada para realizar ataques às instituições democráticas. Para a PF, as milícias digitais também abriram caminho à obtenção de vantagens indevidas do Estado brasileiro pelo grupo do ex-presidente”, destaca um trecho da reportagem.
Bolsonaro e sua defesa negam qualquer participação em iniciativas golpistas ou outros crimes.
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