O resultado da vistoria realizada nesta terça-feira (23) por policiais militares da Companhia Independente Litoral Norte e do Comando Especializado Tático Operacional (Ceto), no Conjunto Penal de Freira de Santana, pode ser considerado positivo, mas ao mesmo tempo assustador.
O saldo da operação, que contou com a participação de 50 policiais especializados, foi a apreensão de 500 gramas de maconha e 500 papelotes, 120 petecas de cocaína, pedras de crack, 250 celulares, 15 facas, cerca de 30 chuços (arma perfurante), 15 lençóis em forma de corda, além de baldes e pedaços de fios e R$ 14 mil em dinheiro.
A vistoria foi realizada a pedido do diretor do presídio, Edmundo Memeri Dumet. Todos os presidiários flagrados com um dos materiais apreendidos foram levados para a Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), onde foram autuados. As novas autuações serão acrescentadas às penas que eles já cumprem. A origem do dinheiro será investigada.
O coronel Adelmário Xavier, do Comando de Policiamento Regional Leste, considerou a ação positiva, classificou a situação como preocupante e lamentou a facilidade com que itens proibidos entram no presídio. “Tudo leva a crer que existe uma interferência muito grande de dentro do presídio para fora”, analisou. O coronel sugeriu que algo seja feito para bloquear o sinal de celular na região do presídio.
Outra forma de bloquear a “criatividade” dos presidiários e seus facilitadores seria realizar esse tipo de vistoria com mais freqüência. Essa ação é costumeira ou apenas esporádica? Os comentários de Carlos Lima, no programa Primeira Página desta quarta-feira (24), também são pertinentes: “o preso não tem culpa de receber drogas ou qualquer outro material cuja entrada é proibida no presídio, afinal, ele de lá não saiu. Alguém levou, e se isso aconteceu foi porque faltaram controle e rigorosidade na administração do conjunto penal”.
Fonte: Ivana Lima, com informações do Correio Feirense
