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Bolsonaristas já admitem que corrupção “colou” na campanha de Bolsonaro

A equipe de campanha pela reeleição de Jair Bolsonaro (PL) monitora, segundo Andréia Sadi, do G1, os impactos da revelação de que a família do chefe do governo federal comprou 51 imóveis pagando com dinheiro em espécie.

A avaliação é de que o tema já “colou” em Bolsonaro e que, por isso, o ocupante do Palácio do Planalto acabou tendo reduzido o efeito de sua principal “arma” contra o ex-presidente Lula: a corrupção.

Corrupção imobiliária do clã Bolsonaro ganhou destaque na imprensa internacional

Bolsonaro vinha tentando solidificar Lula como candidato corrupto, se aproveitando da perseguição judicial sofrida pelo petista.

O ex-presidente já foi inocentado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que reconheceu que ele não teve direito a um julgamento justo e foi vítima de um juiz parcial.

A Organização das Nações Unidas (ONU) endossou a decisão.

Uma ala da campanha defende que Bolsonaro reaja mais enfaticamente ao caso, “para evitar que o desgaste cresça e mine o discurso anticorrupção”, diz a jornalista.

Já outra parte da equipe pensa que Bolsonaro deve ignorar o assunto, deixando-o para o segundo turno.

Até agora, Bolsonaro só afirmou não ver problema em comprar imóveis com dinheiro vivo. A prática não é ilegal, mas levanta fortes suspeitas sobre uma possível lavagem de dinheiro.

Fato é que Bolsonaro seguirá tratando Lula como candidato corrupto: “nenhuma [acusação] é mais forte do que Palocci denunciando corrupção – e ele [Lula] não responde”, disse uma fonte da campanha bolsonarista à Sadi.

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