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Rui Costa e Gleisi viram “escudeiros” de Lula contra ex-bolsonaristas

Bolsonaristas não farão parte do governo LULA

O ministro da Casa Civil , Rui Costa (PT-BA), e a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), se tornaram os principais protetores do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra ex-bolsonaristas.

Os dois estão impedindo que antigos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) façam parte do governo federal.

Nos últimos dias, há ex-apoiadores de Bolsonaro que estão se colocando como neutros e querem cargos no governo petista.  O caso mais emblemático é do deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA).

Se dependesse de Lula, ele chefiaria um dos seus ministérios.

Porém, tanto Costa quanto Gleisi receberam a missão de convencer o presidente da República a não nomeá-lo ministro por causa da ligação com o capitão da reserva.

A explicação é que o governo precisa contemplar quem se colocou contra o bolsonarismo.

Nos últimos dias, o assédio a Lula aumentou. Vários ex-bolsonaristas que agora se colocam como neutros tentam indicar ou ocupar cargos de segundo e terceiro escalão, mas são barrados pelo ministro e pela deputada. Ambos receberam o apelido de “zagueiros”.

Por outro lado, Rui Costa tem chamado os antigos aliados de Bolsonaro de “sem personalidade”.

Na avaliação dele, se os “neutros” querem ajudar o governo, que façam isso no Congresso, mas na União só terá quem se colocou contra a política adotada pelo ex-presidente.

A postura do ministro e também de Gleisi é elogiada pelos petistas. O discurso é de união com quem pensa diferente, mas é preciso estabelecer limites para que não ocorram erros do passado.

O exemplo usado é a ministra Simone Tebet (MDB-MS). A senadora foi favorável ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), mas fez oposição a Bolsonaro e ainda apoiou Lula no segundo turno, colocando em risco sua base eleitoral no Mato Grosso do Sul.

Quem teve essa postura pode fazer parte do governo, dizem aliados de Lula.

Naian Lucas Lopes

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