O deputado André Moura, que não é Moura, mas Luís Dantas Ferreira, que, por ordem de Eduardo Cunha, lançou a estranha e pirotécnica ideia de fazer uma “acareação” entre a Presidenta Dilma Rousseff e o bandido Alberto Youssef não foi devidamente apresentado ao país pela imprensa.
Por isso vamos transcrever trechos do release, fresquinho, do dia 23 do mês passado, publicado pelo Supremo Tribunal Federal:
Vejamos:
“A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu, na sessão de hoje (23), denúncias do Ministério Público em três inquéritos contra o deputado federal André Luís Dantas Ferreira, conhecido como André Moura (PSC-SE), envolvendo crimes conexos – apropriação, desvio ou utilização de bens públicos do Município de Pirambu (SE) …
Segundo as denúncias, após deixar a Prefeitura, Moura teria continuado a usufruir de bens e serviços custeados pela administração municipal, como gêneros alimentícios, telefones celulares, veículos da frota municipal e servidores que atuavam como motoristas.
Em um dos inquéritos, de número 3204, foi recebida também a denúncia pelo suposto crime de formação de quadrilha.
Por se tratar de condutas interligadas, o relator dos processos, ministro Gilmar Mendes, propôs que os processos fossem julgados em conjunto. A decisão de receber as denúncias foi unânime.(…)
O deputado teria indicado a maior parte dos secretários municipais e mantido carros e celulares da Prefeitura à sua disposição, além de fazer compras em mercados pagas pelo erário, indicar vários funcionários fantasmas, entre eles sua esposa, Lara Adriana, também denunciada, e receber repasses mensais da Prefeitura entre R$ 30 mil e R$ 50 mil, conforme a acusação.(…)
Nas eleições de 2006, Moura foi candidato a deputado estadual e, durante a campanha, segundo relato de Juarez dos Santos, as exigências ilícitas se agravaram, quando Moura teria encomendado repasse de R$ 1 milhão entre abril e setembro.
Moura caiu na Lei da Ficha limpa, por já ter condenações de segunda instância e está no cargo porque obteve liminar do STF para concorrer.
Seria interessante fazer, isso sim, uma acareação entre o deputado e o prefeito que ele achacava e que o acusa até de ser o mandante de um atentado a tiros.
É um sujeito assim que quer dar lições de moral ao Brasil, e conta com a ajuda da mídia.
Fernando Brito