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Temer diz que é preciso ‘lidar com mais uma denúncia inepta’ justificando encontro com 42 deputados

Presidente receberá no Palácio do Planalto parlamentares de diversos partidos da base aliada e de todas as regiões do país. Maratona de audiências faz parte da estratégia para barrar denúncia. Imagem de arquivo

Com a previsão de receber 42 deputados nesta terça-feira (3) no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer afirmou em sua conta no Twitter que vai conversar com parlamentares de todos os partidos da sua base de apoio no Congresso Nacional para manter a “harmonia entre os poderes” e porque, segundo ele, é preciso “lidar com mais uma denúncia inepta e sem sentido”.

Em setembro, Temer foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) – junto com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) – pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.

Como a denúncia envolve o presidente da República, é preciso que a Câmara dos Deputados autorize o Supremo Tribunal Federal (STF) a analisar a acusação. Esse aval depende dos votos de, ao menos, 342 dos 513 deputados.

No momento, Temer está empenhado na articulação para barrar o avanço da denúncia, a exemplo do que ocorreu na primeira acusação feita pela PGR, por corrupção passiva. A romaria de parlamentares ao Planalto entra nesta articulação.

Na noite de segunda (2), a assessoria do Palácio do Planalto divulgou a agenda do presidente com a previsão de 21 audiências, que citam a participação de 42 deputados dos principais partidos da base e de todas as regiões do país. A maratona de reuniões prevê encontros das 10h até as 21h20.

Logo cedo, Temer escreveu no Twitter que tem o “dia cheio de reuniões” e que o “diálogo é fundamental para a harmonia entres os poderes”.

“Vou conversar com representantes de todos os partidos da base, de todas as regiões do Brasil. É uma rotina que sempre mantive”, complementou.

Em seguida, o presidente destacou a necessidade de lidar com a denúncia, que foi apresentada pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Sem citar o nome do desafeto, Temer ainda disparou críticas indiretas a Janot.

“Precisamos lidar com mais uma denúncia inepta e sem sentido, proposta por uma associação criminosa que quis parar o País”, disse Temer.

“O Brasil não será pautado pela irresponsabilidade e falta de compromisso de alguém que se perdeu pelas próprias ambições”, afirmou.

Guilherme Mazui

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