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Simulado do Cidem coloca Feira de Santana no centro das atenções

O evento contou com o apoio da Prefeitura de Feira de Santana e o prefeito Colbert Martins esteve presente até o final

III Cidem foi realizado na Fazenda do Menor- Aviário.

Valendo!

O grito do tenente-coronel Júlio Nascimento, foi a senha para que os figurantes entrassem no cenário e iniciassem o simulado de desastre com veículo carregado de produto químico, parte derradeira do III Cidem, realizado na manhã deste sábado, 25, na Fazenda do Menor, no Aviário.

O treinamento colocou Feira de Santana – isto em termos globais – no centro das atenções com relação a ação no atendimento neste tipo de situação.

Técnicos e especialistas de vários países participaram das palestras e assistiram ao simulado, que, segundo os organizadores teve a participação de 500 figurantes, que se constitui no mais participativo da história.

Didaticamente, Júlio Nascimento, do Corpo de Bombeiro da Bahia e de reconhecida competência neste setor, explicou passo a passo do acidente fictício – uma carreta carregada bate em um veículo e no acidente um ônibus foi envolvido.

A orientação:

A população não deve se aproximar dos veículos carregados com carga desconhecida. Há relatos de que munidos de galões, as pessoas tentam levar para suas casas parte destes carregamentos.

Ele também narrou como cada força de segurança estava agindo – desde o reconhecimento do terreno até o resgate dos feridos – por paramédicos em ambulâncias e as mais graves foram socorridas por um helicóptero.

O prefeito Colbert Filho, que assistiu ao simulado, disse que os resultados foram positivos e o legado do III Cidem será absorvido pela sociedade. “As forças devem estar preparadas, saber o que devem fazer integradamente, em caso de necessidade absoluta”.

Ele ainda disse que um acidente de tais proporções é uma situação que ninguém deseja que ocorra, mas caso aconteça todos devem estar preparados para agir eficazmente. O evento contou com o apoio da Prefeitura de Feira de Santana.

Para o coordenador geral do Cidem, Jedson Antônio Morais Marques, as experiências adquiridas durante o evento – seja ela teórica ou prática, será de grande valia para as forças de segurança, para Feira e toda a região. “Todos aprendem o que fazer em caso de um deste acidente”.

Sérgio Aras, que atuou na coordenação, disse que diariamente cerca de 300 caminhões, que saem carregados do Polo Petroquímico, com produtos perigosos, passam, param ou pernoitam em Feira.

Participantes elogiam realidade do treinamento

O nível do Cidem realizado em Feira de Santana, diz o perito forense novaiorquino Kennet Aechheiar, que trabalha no Wold Trade Center, é comparável aos realizados em outras partes do mundo. “Foi um congresso do mais alto nível e um trabalho importante”.

Revelou que foi a primeira vez que assistiu a um simulado em campo aberto e que o treinamento feirense se diferencia por mostrar vários tipos de acontecimentos em tempo real.

“O conhecimento nunca é demais. Sempre temos algo a aprender. Vimos como a tecnologia pode ser usada no caso de acidente”.

O saudita Sakher Alqahtan, da entidade Odontologia Forense para os Direitos Humanos, disse que vai levar os conhecimentos para o seu país e se disse admirado com a dinâmica do evento. “Várias coisas aconteceram ao mesmo tempo”.

As experiências e vivências durante o III Cidem, diz o uruguaio Juan Carlos Zarate (foto – esquerda), que chefia a Odontologia Forense da Polícia Nacional do Uruguai, enriquece este tipo de atendimento e que o evento foi interessante para todos os países.

“Grande parte dos sulamericanos (países) não tem treinamento para este tipo de evento”.

Comentou que em 15 anos de experiência profissional, nunca tinha visto um simulado que se aproximasse da realidade. “E isto em tempo real. Fazer isso usando pessoas é difícil”.

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