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Coronavírus pode se “reativar” em pacientes curados, revela Coreia do Sul

Coronavírus ressurgiu após cura e levou pacientes a óbito

O coronavírus poderia se “reativar” em pessoas curadas da doença, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia do Sul. As informações foram divulgadas na quinta-feira (9) pela Agência Bloomberg.

Cerca de 51 pacientes classificados como curados na Coreia do Sul deram positivo novamente, informou o CDC em apresentação na segunda-feira. Em vez de um novo contágio, o vírus poderia ter se reativado nessas pessoas, que novamente deram positivo logo após serem liberadas da quarentena, disse Jeong Eun-kyeong, diretora-geral do CDC coreano.

“Damos mais peso à reativação como possível causa, mas estamos realizando um estudo abrangente sobre isso”, disse Jeong. “Houve muitos casos em que um paciente durante o tratamento testou negativo num dia e positivo no outro.”

Um paciente é considerado totalmente recuperado quando dois testes realizados com um intervalo de 24 horas mostram resultados negativos.

O CDC coreano realizará uma investigação epidemiológica sobre esses casos, disse Jeong.

A Coreia do Sul foi um dos primeiros países a registrar um surto de coronavírus em larga escala, mas registra apenas 200 mortes e uma redução de novos casos desde o pico de 1.189 em 29 de fevereiro.

Com um amplo programa de testes e abordagem tecnológica para rastrear casos, a Coreia conseguiu controlar a epidemia sem confinamentos ou fechamento de empresas.

O temor de recaídas em pacientes recuperados também cresce na China, onde o vírus surgiu em dezembro passado.

Alguns pacientes deram positivo novamente e até morreram devido à doença, depois de se recuperarem e receberem alta do hospital.

Ainda não está claro o motivo das recaídas, embora alguns especialistas acreditem que o problema possa ser a confiabilidade dos resultados dos testes.

Na quarta-feira, a Coreia do Sul registrava 10.384 casos de vírus, sendo que 6.776 pessoas haviam recebido alta, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins e Bloomberg News.

Epidemiologistas do mundo todo mergulham em pesquisas para obter mais informações sobre o vírus que causa o Covid-19.

A rápida propagação global do patógeno recentemente mudou o foco para pacientes que contraem o vírus, mas apresentam poucos ou sintomas atípicos.

A Coreia está na vanguarda do rastreamento desses casos, que preocupam especialmente na China, onde a epidemia dá sinais de estar controlada.

Agência Bloomberg

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