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Recusa de vacinas se torna prática comum nos EUA

A americana Kathleen Wiederman, de 42 anos, não é exatamente uma militante antivacinas, mas, assim como um número crescente de americanos, ela é cética a respeito destes fármacos por acreditar que a natureza é suficiente para combater as doenças.

 

“Os médicos não sabem tudo”, afirma esta graduada em direito que prefere a medicina alternativa.

 

Kathleen escolheu dar à luz em casa e resiste na hora de vacinar a filha de 5 anos. Só a insistência do marido a levou a aceitar que imunizassem a pequena contra a varíola e o sarampo, mas ela recusou a vacina da poliomielite.

 

“O setor médico é dominado por tratamentos a base de medicamentos”, afirma Wiederman, que trabalha no setor de contratação e mora em um bairro de alto padrão de Virgínia.

 

Segundo especialistas, os americanos contrários às vacinas deixaram de ser uma minoria radical da sociedade e são cada vez mais numerosos. Duvidar antes de receber uma vacina virou algo frequente, e não só no caso das crianças.

 

Vacinas depois da infância Dois em cada três americanos adultos recusam vacinas contra a gripe e a mesma proporção se abstêm de vacinar as adolescentes contra o vírus do papiloma humano (HPV), segundo os Centros Federais de Controle e Prevenção de doenças.

 

“Nós nos preocupamos com a população que está hesitante. Em geral, são pessoas com formação universitária e que pertencem à classe média alta”, revela Barry Blomm, professor de medicina na Universidade de Harvard. E o número “aumenta em todo lugar”, assegura.

 

Nos últimos anos têm surgido rumores de todo tipo, como a suposta relação entre o autismo e alguns tipos de vacinas. Também há temores relacionados com os efeitos colaterais, segundo especialistas.

 

Algumas pessoas se alarmam diante do aumento da quantidade de vacinas recomendadas para as crianças, que passaram de 7 em 1985 a 14 atualmente.

 

“Estou impressionada com o número de vacinas”, comenta Alina Scott, executiva de 37 anos e mãe de um menino de 2. Scott diz que depois de ler tudo o disponível sobre o tema, decidiu prescindir das vacinas.

 

“Não acho que vamos vaciná-lo logo”, assegura.

Fonte: G1/ foto web.

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