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A sambista baiana Claudete Macedo, autora de “Flor de Laranjeiras” morre aos 89 anos

Morre a sambista baiana Claudete Macedo

Com a causa da morte não divulgada, morreu, na noite de sexta-feira (27), a conhecida sambista baiana Claudete Macedo.

De voz única, começou a mostrar o seu canto na capital baiana em serviço de  autofalantes instalados em postes.

Claudete se tornou conhecida como um talento da conhecida “década de ouro” do rádio baiano.

Um dos seus maiores sucessos, “Flor de Laranjeiras” – parceria da artista com o compositor Zé Pretinho -, se tornou um marco da época. Também dividiu a capital baiana com o Rio de Janeiro.

Mora e não abandonava o Centro Histórico de Salvador, tinha um carinho especial pela história do local.

“O Pelourinho é minha vida, um pedaço de mim. É bom demais tocar aqui, estar aqui, acompanhei muito do desenrolar musical desse lugar”, afirmou em uma de suas entrevistas.

O secretário estadual Bruno Monteiro, disse que “Claudete tem uma história de vida e uma trajetória artística que retratam a vida de muitas baianas que lutam bravamente. Era uma artista da resistência, uma mulher que mesmo nas adversidades, amou o Pelourinho como poucas pessoas. Claudete, Presente!”, exclamou, classificando a voz da artista como “imortal”.

O dramaturgo e presidente da Fundação Gragório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro, escreveu “representatividade como como mulher, como artista, como incansável”.  “Dona Claudete sempre foi pioneira. Cantava por vocação desde criança, em casa, nos batizados, casamentos, festas, rádio, bares, blocos…Ela era a própria música, companheiras inseparáveis, pioneiras na afinação e na ousadia, afinal não era qualquer uma que peitava ser cantora em plena década de 1950”.

O sepultamento da artista aconteceu na tarde deste sábado (28), no Cemitério Quinta dos Lázaros, na Baixa de Quintas, em Salvador.

cljornal

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