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A TROLHA

TROLHA

A Trolha é um instrumento de trabalho do Maçom Operativo e está inserido no Painel Simbólico do 2 Grau e também é mencionada no 3° Grau do Rito Yorke.

O irmão Teobaldo Varoli afirma que ela também é aproveitada pelo Rito Escocês Antigo e Aceito e o irmão Jules Boucher diz que esse instrumento de trabalho não é muito especulado no Escocesismo, (que significa Maçonaria Stuartista, sendo na realidade, a primeira manifestação maçônica em território francês) e nem consta das Cinco Viagens Iniciáticas. Entretanto, é imprescindível, conhecer o significado da TROLHA.

Trolha é o símbolo da Indulgência e do perdão.

Na Maçonaria Especulativa ensina-se que o instrumento serve, principalmente, para o reboque final que encobre os defeitos da obra, o que corresponde, simbolicamente, a reconhecer acima de todas as qualidades de cada irmão, perdoar os defeitos que são reparáveis.

Na Vulgata da Bíblia (quer dizer no primeiro livro impresso da história, trabalho realizado na Prensa de Gutemberg por volta de 1456), em uma das versões de Amós, capítulo 7, versículo 7 e 8, principalmente no versículo 7, a Trolha é mencionada e não o Prumo, com o significado de que o Senhor não perdoará, mas fará justiça (Trolha em Israel).

O versículo que se lê em Sessão de companheiro é o que menciona o Prumo, o senhor fará justiça e não perdoará. Isso é o bastante para explicar que a Trolha sempre foi o Símbolo da indulgencia.

No mesmo ensinamento o irmão Varoli diz que: Nas versões Bíblicas apoiadas na Vulgata de São Jerônimo, consta a Trolha e não o Prumo. Os textos se equivalem, visto que a Trolha é o símbolo da Indulgência, ou seja do Perdão.  Que afirma: Não rebocarei os muros de Israel com a Trolha, quer dizer: Não perdoarei, farei justiça.

Assentarei o Prumo, que dizer: farei justiça, o Prumo  vertical e não pendente como as oblíquas, sempre foi o símbolo da imparcialidade.

A lição deve servir aos Maçons que confundem Tolerância com indulgências, erro crasso, quase sempre mal fundado em Fraternidade.

Segundo Varoli essa nota em seus escritos tem a finalidade de despertar nos irmãos o interesse e o conhecimento para esses símbolos que são tão queridos pela irmandade.

Ao buscar conhecimento sobre a Trolha e suas origens, por incrível que pareça, ela ultrapassa as fronteiras da Maçonaria. Ela tem origem em épocas remotas, se pode dizer que está além da pré-história da Maçonaria.

Ela tem surgimento documentado com a Reconstrução do Segundo Templo de Jerusalém. Quando o povo judeu retornou do cativeiro da Babilônia e começaram as obras de reconstrução do Templo de Salomão.

Uma vez que o primeiro templo foi transformado em um monte de escombros e pó.

No entanto por causas de desavenças com os vizinhos Samaritanos, a construção teve que parar. Quinze anos depois o profeta Zacarias conclamou seu povo a retomar a construção do Templo.

Na verdade. existiram mais de uma paralisação das obras por causas dessas desavenças, onde os Samaritanos realizavam ataques frequentes e mortais.

Eles não aceitavam a presença dos judeus até que Dario encontrou um Decreto Original de Ciro, seu antecessor, que autorizava os judeus a viverem ali.

E assim a reconstrução do Templo teve novo reinício e quatro anos depois, o Templo estava construído.

Segundo a história, no ano de 516 ante de Cristo, 485 anos após o término do primeiro Templo, 70 anos após sua destruição e 20 anos após o início da sua reconstrução, ele estava concluído.

Mas os Samaritanos continuaram atacando os israelitas, saqueando e destruindo suas residências e seus bens.

Por causa desses ataques e saques surgiu a ideia de murar a cidade, que só foi acontecer no ano 444 a.c. ou seja 72 anos depois do surgimento da proposta.

Foi assim que surgiu, segundo historiadores, pela primeira vez, a ferramenta de pedreiro, conhecida mundialmente como Trolha.

Conta-se Também que durante a reconstrução do Templo por Zorobabel, os israelitas tiveram que se proteger dos ataques dos Samaritanos e foram orientados pelo próprio Zorobabel a trabalharem com uma Trolha numa mão e uma espada na outra.

Durante toda a construção do muro que cercava a cidade, Neemias estabeleceu que os construtores e pedreiros que trabalhavam na obra, deveriam ter sempre uma espada numa mão e uma trolha na outra.

Um grau da Maçonaria filosófica, adotou esses dois instrumentos, A Trolha e a Espada, como símbolos principais. O Real Arco, complementação do Grau Três, no Rito de York anteriormente Emulação e do Rito do Real Arco, também adotaram a Espada e a Trolha como símbolos.

Seu emblema principal consta de uma Espada entrelaçada a uma Trolha. Isso aconteceu no início, ou seja, no comecinho da Maçonaria Operativa, na primeira metade do século XVIII.

Outro fato que merece ser contato para melhor ilustrar esse símbolo, é o relato sobre uma sociedade que leva o nome de A TROLHA, que existiu no começo do século XVI, na cidade de Leonardo Da Vinci, em sua época.

Vale apena pesquisar. Carlos Lima – CIM 914 GOBA – COMAB

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