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Jogo de interesses na política feirense desnuda comportamento individualista de pré candidatos.

Mapa de Feira de Santana

Um jogo que descarta a ciência da prática política está sendo evidenciado nas eleições municipais desse ano em Feira de Santana.

Anteriormente tínhamos os seguintes pré-candidatos a prefeito: José Ronaldo, DEM; Zé Neto PT; Fernando Torres, PSD;  Ângelo Almeida, PSB; José Raimundo PDT; Sidinea Pedreira, PSOL; Leonardo Pedreira, PCO; Jairo Carneiro, PP e correndo por fora  desponta o nome do deputado, pastor José de Arimateia, PRB.

No entanto essa caminhada tem interesses desconhecidos, que deixam algumas dúvidas em relação aos reais propósitos políticos de alguns candidatos, vejamos:

Comenta-se que o vice de José Ronaldo não será mais o professor Luciano Ribeiro e sim o ex-deputado federal Colbert Martins da Silva Filho.

José Raimundo desistiu de sua pré-candidatura e poderá ser vice de Fernando Torres. Mudança eleitoralmente correta, não que  possa alterar o resultado final.

Ângelo Almeida está desistindo de sua candidatura para ser vice de Jairo Carneiro. Essa mudança esta na contra mão do processo eleitoral, Ângelo Almeida detém maior capilaridade eleitoral.

A mudança deveria ser ao contrário. Tomando-se por base o colégio eleitoral de cada um.

José de Arimatéia mantém sua pré-candidatura mesmo sem fazer, no momento, uma confirmação pública definitiva. Aguarda as definições e estratégias do partido.

Nas mudanças até agora, a única que pode trazer vantagem para o pré-candidato é a troca de vice de José Ronaldo, por manter o horário eleitoral de PMDB.

Com relação aos dois menores partidos desse processo eleitoral, em Feira de Santana, o pré-candidato Leonardo Pedreira do PCO, não oficializará sua candidatura, outro nome está sendo discutido.

E por questões internas, Sidinéia Pedreira não será a candidata do PSOL. Existe a possibilidade do “Rasta” voltar a ser o nome indicado.

O processo eleitoral em Feira de Santana segue o caminho das eleições de 2012, em relação ao político José Ronaldo.

As oposições não criaram as condições objetivas para um enfrentamento eleitoral mais consequente. Os nomes existentes não edificaram uma liderança para fazer frente à liderança política do prefeito.

Das lideranças políticas em Feira de Santana, apenas José Neto tem um certo destaque, mas, não reúne a confiabilidade necessária para abalar a liderança de Ronaldo.

Um nome que também poderia ter sido construído ao logo do tempo, não teve capacidade nem carisma para tanto, era o nome de Colbert Martins da Silva Filho.

Com a recém-chegada de Fernando Torres, algo poderia ter acontecido, no entanto suas atitudes políticas não  aglutinaram forças, serviram apenas para desconstruir sua credibilidade nos meios políticos, sócias e produtivos. Refazer não é impossível, é um político novo, tem tempo, mas será que deseja descobrir o caminho certo.

O Jairo Carneiro está afastado desse cenário, chegou ao fim da carreira política eletiva, seu trabalho é importante como primeiro ou segundo escalação de qualquer executivo. Sua candidatura deve estar alicerçada por outros interesses, e fere a possibilidade de crescimento de Ângelo Almeida, que se submete a ser vice de alguém que não tem a sua representatividade diante do povo.

Feira de Santana não está órfã de lideranças políticas por que existe José Ronaldo. Os nomes que poderiam está na luta para dividir espaço, ainda são pequenos nas decisões, acanhados no enfrentamento, pobres de espírito e desprovidos de bom sendo.

Mas se acham os maiorais e se consolam com as derrotas na busca do executivo e se conformam com migalhas do legislativo.

Carlos Lima

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