o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, realizou reunião com seu homólogo uruguaio, Francisco Bustillo, para acertar o início de obras entre Brasília e Montevidéu.
Ao mesmo tempo, concordaram em trabalhar juntos para modernizar o Mercosul.
Em leitura de uma declaração conjunta formulada após o encontro, Vieira informou que será lançada nas próximas semanas uma licitação de projeto, acompanhada de estudo ambiental, para dragagem da hidrovia Uruguai-Brasil, que deve ser iniciada ainda este ano, relata a revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios.
O projeto visa uma integração logística que venha a garantir tráfego seguro de embarcações e o escoamento de cargas pelo Porto de Rio Grande (RS). O plano é iniciar as obras ainda este ano.
Além da hidrovia, em 30 dias será feita uma assinatura, entre ministros correspondentes dos dois países, sobre o acordo de binacionalização do aeroporto de Rivera, próximo à fronteira com a brasileira Santana do Livramento (RS).
O Ministério dos Transportes do Brasil também abrirá em 60 dias uma licitação para construção de nova ponte sobre o Rio Jaguarão, que marca um trecho da fronteira do Uruguai com o Brasil.
A expectativa é de que o contrato seja assinado ainda este ano.
Além de Vieira e Bustillo, estavam presentes, pelo lado brasileiro, os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Renan Filho (Transportes) e Marcio França (Portos e Aeroportos).
O Mercosul também foi tema do encontro, com o chanceler brasileiro declarando que as duas nações vão reativar mecanismos de consulta e coordenação política bilateral de alto nível.
Vieira destacou que Brasil e Uruguai têm responsabilidade de impulsionar o atual processo de modernização do Mercosul, acrescentando que ambos os países trabalharão para avançar no acordo comercial entre o bloco e a União Europeia.
O ministro também defendeu a concretização de outros acordos do Mercosul com outras nações, visando trazer mais equilíbrio ao bloco.
Desde a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência do Brasil, Brasília tem tentado reatar os laços com o Uruguai que foram enfraquecidos pelo governo Bolsonaro, uma vez que a gestão anterior não era a favor do fortalecimento do Mercosul.
A preocupação do Brasil é que o acordo de livre-comércio entre o Uruguai e a China faça o país sul-americano sair do bloco.
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