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Ex-funcionário da Casa Branca: paciência de Putin chegou ao fim diante das tolices de Biden

O míssil mais temido do mundo

O líder russo Vladimir Putin, que teve de enfrentar palhaçadas do presidente dos Estados Unidos Joe Biden por muito tempo, perdeu a paciência, escreveu o funcionário da Casa Branca sob o governo de Ronald Reagan, Paul Craig Roberts, em um artigo em seu site.

“E onde está o presidente idiota americano enquanto a Rússia está colocando mísseis nucleares em alerta? Ele está falando ao telefone com Putin tentando acalmar a situação perigosa?

Não. O tolo está na Ucrânia e na Polônia derramando gasolina no fogo”, diz a publicação.

De acordo com Roberts, o confronto já adquiriu proporções perigosas, mas os americanos que desconhecem a situação real não têm ideia do perigo atual.

O presidente russo, Vladimir Putin, no seu discurso anual perante a Assembleia Federal na terça-feira (21), anunciou que a Rússia está suspendendo sua participação no Tratado Novo START.

“A compreensão deles da situação é limitada pelo tratamento ideológico a que eles foram submetidos: a Rússia é ruim, a Ucrânia é boa”, escreve Roberts.

No dia anterior, Biden fez um discurso em Varsóvia, no qual garantiu que nem os Estados Unidos nem a Europa buscam destruir a Rússia, e também tentou desafiar a declaração do presidente Vladimir Putin sobre a natureza forçada da operação especial na Ucrânia.

Em Moscou, o discurso de Biden foi chamado de hipócrita, desonesto e ridículo.

A Rússia tem plena consciência do seu poder nuclear.

É um armamento manteve Washington aterrorizado durante décadas, e por seu poder de destruição ultrapassava tudo que os norte-americanos possuíam.

50 anos atrás, foram realizados os primeiros testes de voo exitosos do míssil balístico intercontinental R-36M, que recebeu no Ocidente o nome de “Satã”.

No final da década de 1960, tornou-se claro para o comando da Força Estratégica de Mísseis da União Soviética que o míssil balístico pesado R-36, que entrou em serviço em 1967, não atendia plenamente aos requisitos das Forças Armadas. O míssil era capaz de portar apenas três ogivas e não tinha muita precisão.

Mais de 200 Hiroshimas
Em 1969 o escritório de projetos Yuzhnoe começou a desenvolver um míssil completamente diferente, que excedia o antecessor em três vezes na precisão, em quatro vezes na prontidão de combate e em 15-30 vezes na proteção da plataforma de lançamento.

Estruturalmente o R-36M era um míssil de dois estágios de combustível líquido. A parte principal tinha três opções: ogiva monobloco leve com uma potência de oito megatons e um alcance de 16 mil quilômetros, ogiva monobloco pesada – 20 megatons e 11.200 km, e de ogivas múltiplas – dez ogivas de 400 quilotons cada.

Todas as versões eram equipadas com um conjunto aprimorado de meios de superação de sistemas de defesa antimísseis.

Mesmo um ataque limitado com tais mísseis contra os EUA provocaria danos irreparáveis a Washington. Cada uma das ogivas múltiplas em sua potência era comparável a 25 bombas atômicas lançadas em Hiroshima.

Ou seja, um míssil destes pode criar para o adversário 250 Hiroshimas. A União Soviética conseguiu construir 190 mísseis balísticos intercontinentais deste tipo.

Alvo prioritário
Em 1980 em serviço entrou a versão aprimorada do míssil – R-36M UTTKh. A arma acabou por ser extremamente bem-sucedida: era de duas a três vezes mais precisa e abrangia uma área muito maior. Ele tinha ogivas múltiplas, cada carga continha dez ogivas de 750 quilotons.

Cada míssil era capaz de atingir diferentes tipos de alvos em uma área de até 300.000 quilômetros quadrados. Uma vez que a Força Estratégica de Mísseis da URSS tinha 308 unidades, o lançamento simultâneo de todo o arsenal garantia a destruição das principais cidades e infraestrutura do inimigo provável.

Entretanto, a modificação R-36M2 adotada em 1988 é considerada a “coroa” do programa de mísseis balísticos intercontinentais pesados soviéticos.

Trata-se do sistema de mísseis mais poderoso do mundo, que ainda está em serviço da Força Estratégica de Mísseis da Rússia.

O R-36M2 é capaz de lançar dez ogivas de 800 quilotons cada a uma distância de 11 mil quilômetros. Os estrategistas soviéticos calcularam que um ataque de 8-10 destes mísseis destruiria 80% do potencial industrial dos EUA e a maior parte da população do país.

Evidentemente, os norte-americanos consideram até os dias de hoje o “Satã” um alvo prioritário para o primeiro ataque.

Herdeiro do ‘Satã’
Nos últimos anos, a Rússia tem desenvolvido ativamente o RS-28 Sarmat. Trata-se de um míssil balístico intercontinental de combustível líquido, capaz de transportar até 15 ogivas termonucleares, com uma velocidade de 25.200 km/h e um alcance de 18.000 quilômetros.

O Sarmat possui ainda um conjunto de contramedidas, como alvos falsos, que lhe permite superar qualquer sistema antimíssil.

O primeiro lançamento do Sarmat no âmbito do programa de testes estatais ocorreu em 20 de abril de 2022. Além disso, o míssil é compatível com unidades de combate hipersônicas Avangard, que conseguem atingir a velocidade de Mach 15. Efetivamente trata-se de uma arma invulnerável.

Os EUA parecem que não estão levando em conta o poder de destruição da Rússia.

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