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Governo teve apoio de 86% da base no segundo turno da PEC 241

Plenário durante a votação

O presidente Michel Temer (PMDB) teve o apoio de 86% de sua base aliada para aprovar, segundo turno, a proposta de emenda à Constituição a PEC 241/16 limita os gastos públicos da União.

Dos 411 deputados aliados no exercício do mandato, 382 registraram presença na sessão da noite de ontem terça-feira (25).

Desses, 352 (92%) votaram a favor do teto da polêmica medida considerada prioritária pelo governo para reequilibrar as contas.

Houve 29 dissidências entre os que marcaram presença.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não votou por restrição regimental. O texto segue agora para ao Senado.

O texto foi aprovado por 359 votos a 116 e duas abstenções.

A PEC teve sete votos a menos do que no primeiro turno, quando foi avalizada por 366 deputados e recebeu 111 votos contrários, além de duas abstenções.

Na ocasião, o índice de fidelidade entre os governistas foi de 86,9% e chegou a 92,7% entre os aliados presentes.

Após a votação do dia 10, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que Temer chamaria os 27 governistas infiéis para discutir a relação.

Dessa vez, 29 aliados presentes se posicionaram contra a proposta ou se abstiveram.

Assim como no primeiro turno, o PSB foi o aliado que menos seguiu a orientação do Planalto: dos 31 integrantes da bancada, nove votaram contra e Bebeto (BA), que havia votado a favor no início do mês, preferiu se abster

Na oposição, apenas o PDT teve dissidências.

Quatro pedetistas contrariaram a orientação partidária e votaram com o governo: Carlos Eduardo Cadoca (PE), Flávia Morais (GO), Félix Mendonça Junior (BA) e Mário Heringer (MG).

Considerado independente, o PTdoB deu outros três votos a favor da PEC: Luís Tibé (MG), Rosinha da Adefal (AL) e Silvio Costa (PE).

Ao todo, quatro deputados mudaram seu voto em relação ao primeiro turno.

Bebeto (PSB-BA), que votou a favor da proposta na primeira rodada, desta vez se absteve. Silas Freire (PR-PI), que preferiu se abster no dia 10, votou contra.

Hissa Abrahão (PDT-AM), que apoiou o teto na votação inicial, agora se posicionou contrariamente.

Marcelo Belinati (PP-PR) teve posição oposta: registrou não, no primeiro turno, e sim nessa terça.

Além disso, 27 deputados que não compareceram na votação em primeiro turno marcaram presença no segundo.

Dez deles votaram contra a proposta, e 17 a favor. Outros 29 que participaram da sessão do dia 10 faltaram agora. Entre os faltosos, 23 haviam apoiado o limite de despesas.

Outros 29 deputados que estiveram presentes na primeira sessão se ausentaram no segundo turno. Desses, 6 haviam votado contra e 23 foram favoráveis à proposta.

No esforço de garantir o placar positivo na votação desta terça-feira (25), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, promoveu na noite de segunda-feira (24), um coquetel aberto cerca de 300 deputados para pedir empenho na aprovação da medida.

O presidente Michel Temer e ministros do núcleo político também participaram do encontro, realizado na residência oficial da Presidência da Câmara.

Às vésperas da votação em primeiro turno, Temer lançou mão da mesma estratégia e reuniu deputados, ministros e familiares em um jantar no Palácio da Alvorada.

EDSON SARDINHA

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