Erasmo Dias é um nome muito conhecido dos paulistanos por ter participado de programas de televisão nos quais gritava preconceitos e conservadorismo.
Tornou-se deputado com seus espetáculos de ódio, mas morreu no esquecimento não tendo feito nada de bom que deixasse seu nome para a posteridade.
Autoritarismo era o seu negócio. E a perseguição a estudantes também. Ele foi o coordenador da invasão na PUC de São Paulo em 1977 visando o movimento Liberdade e Luta (Libelu). Nessa ocasião, mais de mil estudantes foram presos e muitos levados à tortura.
Dizem que ele era o homem que sabia “lidar”com os que morriam nas dependências do DOI-Codi. Ele gostava de perseguir estudantes e em 1968, participou do cerco aos integrantes do 30º Congresso da UNE em Ibiúna.
Ele foi um dos mais ferrenhos defensores do “suicídio” do jornalista Vladimir Herzog.
Agora Tarcísio Freitas vem desenterrar essa figura grotesca, que carregava o riso do carrasco no rosto, homenageando o carrasco como se ele fosse um herói.
Qual o objetivo do governador de São Paulo? Fazer o mesmo que Bolsonaro em 17/04/2016, quando ao votar pelo golpe (o paradoxo demorou a ser entendido) elogiou Brilhante Ustra, um torturador condenado por seus crimes hediondos.
O que temos a ver com isso?
Estar sob o governo de Tarcísio é o mesmo que estar sob o governo de Bolsonaro, simples assim, mas também lastimável e perigoso. Quem vota em figuras autoritárias, vota em seus projetos e é signatário de seus atos.
A luta contra o fascismo tem que continuar e para isso é preciso consolidar a democracia em cada gesto e evitar que ela seja usada como fachada como Tarcísio está fazendo agora.
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